sexta-feira, 29 de abril de 2011

A morte do Orkut





Sim, infelizmente. No começo só a "elite" das pessoas altamente sociais usavam. Eu já tive um sonho, de um dia ser "convidado" espontaneamente para essa tal sociedade chamada Orkut. Estava marcada o fim de uma era: o da privacidade. Sua vida era um livro aberto, para todos verem. Era o fim da privacidade.
     No começo as pessoas colocavam o basicão, como aonde estuda/trabalha, coisas que gosta de comer e fotos pessoais. Mas o fim da privacidade precisava ir além: as pessoas passaram a colocar os próprios telefones celulares e até mesmo números de RG e CPF Já que tinha acabado a privacidade mesmo, então foda-se!
     Era emocionante "fuçar" no orkut dos outros. A gente conseguia enxergar até a alma dos outros. E as comunidades? Imagina conhecer pessoas que pensam o mesmo que você sobre um assunto que você nunca tinha tido a oportunidade de falar com ninguém com medo que pensassem que você é um maluco!
    Mas o Orkut estava fazendo sucesso demais, e isso incomodou muita gente. As ONGs, órgãos governamentais, mídias e outros grupos de pessoas defensoras de coitadinhos e grupos de pessoas que não tem o que fazer logo entraram com ações para determinar: não pode isso, não pode aquilo, e não pode aquilo outro, e aquilo outro... ah... e já ía me esquecendo, aquilo outro também não pode.
     Com isso o Orkut foi ficando cada vez mais chato. E, claro, isso abriu espaço para que outras redes sociais se instalassem. E quem prevaleceu (até o momento) foi o Facebook, que tem o diferencial de ser um teste de QI e paciência. E serve só p/ isso mesmo, para ver se você consegue montar um perfil em uma rede 100x mais difícil de mexer. Se você consegue, GLÓRIA! Você faz parte da "elite" e já pode buscar seu diploma de nerd!
     Pelo menos o fato de ser um saco de mexer afastou as ONGs de pessoas-sem-o-que-fazer que ditam as regras do que pode e que não pode, atrávés de processos judiciais. Talvez porque essas pessoas não tenham nem paciência nem QI para mexer no Facebook.
     Mas voltando ao Orkut, aconteceu um fenômeno interessante: se por um lado as pessoas migraram seus perfis verdadeiros para o Facebook, a proliferação dos fakes ficou cada vez mais comum, e com isso eles ganharam respeito. Se antes os fakes era tratados como ratos abomináveis que mereciam ser deletados no primeiro segundo, eles ganharam voz. Pois 80% dos perfis do Orkut hoje são fakes. Os fakes tem tanto respeito como um usuário "verdadeiro". Mas como saber quem é fake e quem é verdadeiro? Não tem jeito!
     Eu lamento mesmo a morte do Orkut. Foi a rede social mais interessante que houve. tomara que alguma dis surja um "novo Orkut".


Obs: e falando na "Patrulha", vejam também:
http://colunistas.yahoo.net/posts/10560.html
http://colunistas.yahoo.net/posts/9340.html




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