sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A cebola

A vida é uma cebola. Às vezes a vida pode parecer uma melancia: enorme, quase infinita, com uma casca intragável, mas com um recheio refrescante, bastando dividi-la em partes. Mas não. A vida é uma só, não um punhado de partes paralelas. A vida não é enorme como uma melancia, é menor do que você imagina, mais semelhante à cebola. E a casca intragável não pertence só a uma parte dela, mas à vida toda. E quanto ao recheio? Às vezes parece que a parte ruim é só por hoje, mas logo que se for a casca, amanhã aparecerá do nada o recheio de sabor quase divino. Mas não. Se foi a casca de hoje, mas amanhã será só mais uma nova casca, exatamente como a casca de ontem. Ou não. Na verdade, a casca será levemente menor. E a outra menor ainda, restando cada vez menos coisas para se fazer com algo que já não era tão grande. Até que um dia você se dá conta que a sua esperança de descascar a cebola para encontrar algo diferente lá dentro não fazia nenhum sentido, já que não havia recheio algum, só havia cascas a serem descascadas uma a uma. Viver é o ato de descascar a cebola pensando haver algo bom lá dentro, mas paradoxalmente sabendo que a única coisa que você vai encontrar é outra casca, totalmente diferente da melancia que você imaginava. Então você se lembra de quantas lágrimas você já teve em função daquela cebola, mas também quantos prazeres e comidas gostosas esta mesma cebola já te proporcionou. E dá mais valor a cada casca, afinal ela não é tão intragável e inútil assim como a da melancia que você imaginou. E aproveita as poucas cascas que ainda lhe restam. Até a casca final.
Wesley Borges

terça-feira, 8 de julho de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Rachel Sheherazade, fascista ou justiceira?

Na psicologia, há o elemento "superego", que é o mecanismo responsável por controlar nossas reações instintivas e emocionais. É o maior responsável pelos famosos "eufemismos", e também pelo comportamento "politicamente correto". Mas Rachel Sheherazade não parece compartilhar desse mecanismo psicológico. Ainda bem! Ela diz o que todos nós pensamos, mas não temos coragem de dizer, passando a notícia de uma forma que jamais teríamos acesso através da mídia corporativista e comprada.
     O motor do crime, seja ele qual for, é a impunidade. O ser humano vai até onde a sociedade impõe limite. Seu terreno termina onde começa o muro do vizinho. Mas e quando não há um "muro"? E quando a sociedade não impõe um limite? 
     É de conhecimento de todos que nossas leis NÃO PUNEM menores infratores, e mesmo para os maiores de idade, ela é branda demais. Alguém tem que impor limites a esses marginais. E se a lei NÃO FAZ JUSTIÇA, alguém tem que fazer. 
     O artigo 301 do código de processo penal diz: "Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito." Portanto, o quê a Rachel Sheherazade disse de errado? 
     Os maiores interessados em defender os direitos humanos para esses bandidos são os próprios bandidos, engravatados ou não. Eu acho até que existe uma ligação... ops... meu superego falando...
     Até hoje eu não vi nenhum desses defensores dos direitos humanos responderem uma perguntinha básica: Por quê um "dimenor" de 16 anos tem capacidade para votar (escolhendo todos os que estarão no poder), mas não de responder por danos às outras pessoas?
    E a quem discorda, eu repasso a campanha da Rachel: ADOTE UM BANDIDO!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

domingo, 22 de julho de 2012

quinta-feira, 10 de maio de 2012

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Rafinha Bastos e Censura

Estou percebendo grande parte dos internautas defendendo Rafinha Bastos com unhas e dentes, e filosofando sobre a censura no Brasil. Mas é preciso diferenciar as coisas: Rafinha não sofreu censura alguma.
   Censura é quando alguém te tira a liberdade de expressão. Quando você é impedido de falar sobre IDÉIAS. Há sim censura no Brasil. É PROIBIDO, por exemplo, falar sobre assuntos polêmicos, como comportamentos e idéias de povos e raças (negros, judeus, índios, nordestinos, etc...), sobre qualquer coisa que alguém possa interpretar como machismo (vide proibição da propaganda da Gisele Bundchen), falar sobre drogas ou ter qualquer opinião diferente do "politicamente correto", isso só para citar alguns que me vem à mente no momento.

   É como o PC Siqueira falou: pessoas precisam de respeito, idéias não!
   Sou contra QUALQUER tipo de censura. Acho que a liberdade de expressão deve ser TOTAL e IRRESTRITA. 
   Agora PARE: não devemos confundir liberdade de expressão com ofensa à honra e à imagem das pessoas. Como você se sentiria se acordasse de manhã e encontrasse uma grande faixa na porta da sua casa dizendo "[seu nome] é gay". Ou então que fosse publicado no jornal da cidade "[sua filha] é uma puta". Isso é liberdade de expressão? Não! Isso é uma ofensa à honra e à imagem das pessoas.
   Rafinha Bastos ofende diretamente a honra e a imagem das pessoas. Seu objetivo não é fazer rir (alguém riu da piada da Wanessa com o bebê? Diga a verdade...). Seu objetivo é só criar polêmica, pois polêmica é o assunto preferido dos internautas, é é nesse campo fértil que Rafinha Bastos cresce. Ele vive de polêmica. Qualquer coisa que ele diz é publicado pelos principais sites de fofoca.     
   Acho que ele deveria ser punido sim, sendo afastado e/ou demitido, já que legalmente é um pouco mais complicado ele sofrer qualquer punição. E é assim mesmo que deve ser punido.